domingo, 12 de abril de 2009
lei antitabagismo
Nossa sociedade está em constante mudança, isso é inegável. O que era aceito como tabu ontem não é nenhum pecado hoje, o que era dado como obrigatório hoje passa por apenas diretriz de conduta.
Não vivi a época em que fumar era algo normal para todos, em que este ato era praticamente um ritual de aceitação na “tribo”. Não sou fumante e nunca sequer experimentei. Acho até o ato de fumar um tanto quanto anti-higiênico além de prejudicar a saúde.
O que tenho em mente é que quem gosta de fumar não deve ser descriminado por isso. Mas aparentemente alguns governantes não pensam assim. Utilizam-se da desculpa do “bem comum” para culpar os fumantes do mal que tabagismo traz à maioria.
Assim está ocorrendo em São Paulo com a nova lei antitabagismo que praticamente exclui os fumantes da sociedade. É como se o fumante praticamente se transformasse em um criminoso da saúde pública.
Pela nova lei será proibido fumar em praticamente todo lugar. Bares, danceterias, lojas, restaurantes, ambiente de trabalho, shoppings, etc estão na lista de locais proibidos. Um, dos locais, liberado aos fumantes são as tabacarias.
Do ponto de vista comercial a nova lei traz malefícios inegáveis. Existem bares que fumar faz parte do local tal como pubs, mas segundo a lei não seria permitido tal costume. Assim os fumantes não vão mais freqüentar estes lugares, como a maioria dos clientes são fumantes a arrecadação vai diminuir, em alguns casos pode-se dizer que o local terá que fecha r as portas. Em um país em que se nota a crescente necessidade de mais empregos, leis como esta estão inegavelmente indo na contra mão.
Do ponto de vista social acho que devemos ver os dois lados da moeda.
Como não fumante não gosto muito de fumaça na minha “fuça” e seria realmente um alívio ir a um local fechado (uma danceteria, por exemplo) e não voltar para casa fedendo fumaça, como um frango defumado.
Mas os fumantes só terão as tabacarias para fumar. Isso com certeza é um ataque ao livre arbítrio. Além de excluí-los da sociedade não fumante, que hoje em dia é maioria.
Pode-se entender que esta lei é como o que houve no sul dos EUA, onde antes da abertura social os negros não podiam freqüentar os mesmos lugares que os brancos, além dos negros terem bebedouros separados dos brancos.
A lei, a meu ver, não deve excluir as pessoas, mas sim regrar uma forma harmoniosa de convívio. Se a pessoa é fumante não deve ser tratada como um “bicho” ou “doença”, mas sim com o mesmo respeito que qualquer ser humano merece.
O que há de errado com áreas para fumantes? O que há de errado com as propagandas antitabagismos? O que há de errado com nossos governantes que se concentram em leis preconceituosas e não na melhoria do sistema jurídico, econômico e na corrupção? E ainda em contrapartida leis que liberam a maconha?!?
Sinceramente não posso dar o veredicto da verdade de tais respostas, mas posso garantir que leis em que há a oportunidade de criação de excluídos (em qualquer nível) e de preconceito devem ser abolidas quaisquer que sejam as suas intenções.
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