domingo, 26 de abril de 2009


É de longa data que o brasileiro ve em noticiários, jornais, revistas e demais meios de comunicação a farra monetária de nossos eleitos.
Compra de votos, propinas, gastos abusivos e demais "escândalos" povoam nosso cotidiano já de longa data.
Mas o que veio à tona ultimamente é simplesmente o descaso dos políticos com o Brasil e, claramente, um enorme compromisso com o próprio bem estar.
A gordura que nossos eleitos tem na própria barriga é caso de infarto do miocárdio em todo brasileiro.
Benefícios suntuosos são de longa data e não tem, lógico, a transparência necessária para julgarmos a sua necessidade. Possuem uma infinidade de funcionários para uma infraestrutura não tão grande assim. Para se ter uma idéia, vamos analisar algumas dos “direitos” de nossos eleitos. Não vou expressar valores pois há diferença entre o senado e a câmara, bem como diferem no gerenciamento de alguns.
Vou começar a balbúrdia dos eleitos com benefícios infraestruturais e de serviços:

Na gráfica:
Tem direito a uma quantidade significativa de impressões por mês, sem necessidade de prestar explicações do motivo ou destino de tais publicações.
Abuso: alguns se aproveitam para imprimir documentos de autopromoção ou de cunho eleitoral.

Moradia:
Apartamento pago pela casa. O apartamento é isento de IPTU.
Abuso: Alguns tem casa própria e recebem o beneficio em dinheiro...

Escritório:
• Cinco computadores, um notebook, na câmara o acesso a internet também e incluído;
• Funcionários concursado, comissionados e nomeados;
• Mobília de escritório, frigobar , assinatura de revistas e jornais mais TV a cabo , sendo estas regalias somente na câmara;
• Segurança paga pela casa;
• Conta telefônica;
• Carro oficial;
• Materiais de escritório (câmara);
• TV, radio, jornal e agencia de comunicação;
• Café e água (claro);
Planos de saúde:
Possui atendimento tanto pelo plano como por reembolso, sem limites. Alguns é possível alocar parentes para usarem os planos. Os planos também cobrem tratamentos que os demais planos não cobrem.
PS: não seria nenhum espanto se alguma nota de reembolso fosse fria...

Que tal darmos uma espiadela nos benefícios em dinheiro, mas antes vou passar uma informação geral. Um senador, hoje, custa ao senado R$119,7 mil por mês e os nossos queridos deputados R$61,6 mil.

Os salários são os mesmos, o que diferem tanto um do outro são os valores dos benefícios. Mas são eles:

Cota aérea:
O senado permite até 5 passagem de ida e volta, já a câmara libera uma verba para compra destas.
Abuso: venda de passagens, doação para amigos e familiares, aluguel de jatinhos, uso (mesmo que ainda não necessariamente abusivo) de créditos de milhas em benefício próprio.
Verba indenizatória:
R$15 mil para as duas casas.
O que ela paga?
• Taxi, carro de aluguel e embarcação
• Combustível
• Hotéis
• Aluguel, condomínio, IPTU, água, luz e telefone do escritório
• Alimentação
• TV por assinatura
• Material impresso, exceto nos 6 meses anteriores às eleições
• Software de acesso a internet
• Serviços postais
• Jornais ou revistas
• Aluguel de mobília e equipamento de escritório
• Material de papelaria
• Consultorias e acessórias
• Pesquisas e trabalhos técnicos
• segurança
Abuso: devido ao longo prazo para entrega dos documentos, as notas diluem e ficam sem importância significativa.

Conta postal:
O valor varia de eleito para eleito devido ao estado de origem.

Devido à extensão deste artigo, e tratar-se de um simples blog terminarei o meu ponto de vista no próximo artigo.

domingo, 12 de abril de 2009

lei antitabagismo


Nossa sociedade está em constante mudança, isso é inegável. O que era aceito como tabu ontem não é nenhum pecado hoje, o que era dado como obrigatório hoje passa por apenas diretriz de conduta.
Não vivi a época em que fumar era algo normal para todos, em que este ato era praticamente um ritual de aceitação na “tribo”. Não sou fumante e nunca sequer experimentei. Acho até o ato de fumar um tanto quanto anti-higiênico além de prejudicar a saúde.
O que tenho em mente é que quem gosta de fumar não deve ser descriminado por isso. Mas aparentemente alguns governantes não pensam assim. Utilizam-se da desculpa do “bem comum” para culpar os fumantes do mal que tabagismo traz à maioria.
Assim está ocorrendo em São Paulo com a nova lei antitabagismo que praticamente exclui os fumantes da sociedade. É como se o fumante praticamente se transformasse em um criminoso da saúde pública.
Pela nova lei será proibido fumar em praticamente todo lugar. Bares, danceterias, lojas, restaurantes, ambiente de trabalho, shoppings, etc estão na lista de locais proibidos. Um, dos locais, liberado aos fumantes são as tabacarias.
Do ponto de vista comercial a nova lei traz malefícios inegáveis. Existem bares que fumar faz parte do local tal como pubs, mas segundo a lei não seria permitido tal costume. Assim os fumantes não vão mais freqüentar estes lugares, como a maioria dos clientes são fumantes a arrecadação vai diminuir, em alguns casos pode-se dizer que o local terá que fecha r as portas. Em um país em que se nota a crescente necessidade de mais empregos, leis como esta estão inegavelmente indo na contra mão.
Do ponto de vista social acho que devemos ver os dois lados da moeda.
Como não fumante não gosto muito de fumaça na minha “fuça” e seria realmente um alívio ir a um local fechado (uma danceteria, por exemplo) e não voltar para casa fedendo fumaça, como um frango defumado.
Mas os fumantes só terão as tabacarias para fumar. Isso com certeza é um ataque ao livre arbítrio. Além de excluí-los da sociedade não fumante, que hoje em dia é maioria.
Pode-se entender que esta lei é como o que houve no sul dos EUA, onde antes da abertura social os negros não podiam freqüentar os mesmos lugares que os brancos, além dos negros terem bebedouros separados dos brancos.
A lei, a meu ver, não deve excluir as pessoas, mas sim regrar uma forma harmoniosa de convívio. Se a pessoa é fumante não deve ser tratada como um “bicho” ou “doença”, mas sim com o mesmo respeito que qualquer ser humano merece.
O que há de errado com áreas para fumantes? O que há de errado com as propagandas antitabagismos? O que há de errado com nossos governantes que se concentram em leis preconceituosas e não na melhoria do sistema jurídico, econômico e na corrupção? E ainda em contrapartida leis que liberam a maconha?!?
Sinceramente não posso dar o veredicto da verdade de tais respostas, mas posso garantir que leis em que há a oportunidade de criação de excluídos (em qualquer nível) e de preconceito devem ser abolidas quaisquer que sejam as suas intenções.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Onde tudo começa.

Acordei com um barulho estranho e uma luz fraca à minha frente, ainda sonolento tentei discernir de onde vinha aquele estranho acontecimento. Por uns momentos em vão, pois estava muito sonolento e ainda por cima estava sem meus óculos, o barulho começava a se tornar mais claro e percebi que se tratava de um homem falando de números.
De repente ouço minha música favorita tocando, era meu celular me lembrando de acordar. Aí então me dei conta do que estava acontecendo: era hora de começar o dia.

Enquanto procurava meus óculos foi que, finalmente, percebi que o barulho e a luz eram da TV que eu, costumeiramente, coloco para me ajudar a despertar. Sempre em vão...
Eram 6 da manha e eu assistia Telecurso 2000 de matemática....
Levantei-me e fui lavar o rosto, ao sair do banheiro abri a porta da rua para averiguar se o jornal do dia havia chegado. E como de costume: não estava lá.

"Vou tomar um café da manhã chato de novo", pensei comigo.

Após o café fui à academia. Estava um amanhecer triste, frio e sem sol.


Depois de um treino rápido saio em disparada para o trabalho ( já me encontrava atrasado).
Percebi no caminho que o sol, tímido, já aparecera no céu.

Quando finalmente chega o horário de almoço consigo ler o jornal do dia.
Me deparo com uma noticia de superfaturamento de obras públicas (que para muitos brasileiros não é novidade), uma empresária presa (por causa de um valor absurdo tamem supostamente roubado) e notícias corriqueiras. Um pequeno artigo ao lado, quase que escondido na folha, me chama a atenção. Falava de uma pequena cidade de Minas cujo o precioso patrimônio histórico estava se perdendo. "E qual a novidade? Existem vários por aí", pensei comigo. Mais adiante vejo a foto de um palhaço na câmara, tinham cancelado algo sobre benefícios para artistas de circo.

Já tinha gasto, infelizmente, o tempo que me era reservado para notícias e resolvi fechar o jornal. Ao fazê-lo olhei novamente para a notícia. Então percebi o quanto eu, como cidadão, me tornei omisso quanto a realidade.

De tão acostumado de ver notícias de negligência pública e de "armações" de nossos candidatos parei até mesmo de dar atenção à noticias destes cunho. Mas o dinheiro que, aparentemente, foi para o bolso de doleiros, empresários e partidos deixou de ser investido em educação, apoio aos artistas, manutenção da história brasileira e outros!

Que tipo de brasileiro me tornei? Que tipo de pessoa eu serei daqui a alguns anos? Provavelmente daquelas em que se o governo diz que "tem problema não, deixa roubar" vou apenas abaixar a cabeça e ser um cidadão obsoleto, sem a menor preocupação com o meu futuro e a do país...

Foi a aversão a esta idéia que hoje inauguro um "braço" do blog Cumbuca Urbana: o Cumbuca Urbana opinião ( quanta imaginação da minha parte...). Este blog foi criado para discutirmos as diferentes opiniões que temos sobre as diferentes vertentes da vida. Neste espaço, de forma respeitosa, poderemos discutir e tirar conclusões sobre o que realmente anda acontecendo com o mundo a nossa volta e saber o que fazer por ele.

Claro sabemos que uma boa leitura ajuda, e muito, nesta empreitada.

Sejam bem-vindos todos!

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